quarta-feira, 6 de junho de 2012

Por 10% do PIB para a Educação e Reforma da Carreira Docente


O Ensino Público Superior Federal sempre foi sinônimo de qualidade em educação no Brasil, apesar de nas últimas décadas as universidades federais terem sofrido com a falta de verba para suas atividades e de valorização da carreira acadêmica. Esses fatores têm contribuído para a redução na qualidade do ensino, principalmente pelo fato dos professores mais produtivos, valorizados no mercado e desvalorizados na universidade, estarem saindo em busca de condições mais justas. Por outro lado, a geração de doutores que o Brasil vem formando nos últimos anos tem demonstrado pouco interesse no ingresso na carreira acadêmica por conta dos motivos já citados, dificultando a renovação do corpo docente. A continuidade deste quadro favorece que o ensino superior venha a se tornar, assim como o ensino fundamental e médio, sinônimo de baixa qualidade, e que apenas através do ensino privado os brasileiros possam ter acesso a educação de qualidade.


Não existe país desenvolvido sem forte investimento em educação! Não existe bom profissional (médico, engenheiro, arquiteto, etc.) sem um bom professor na universidade. É preciso que o Brasil volte a investir em educação para que seu desenvolvimento seja sólido e constante. Existe um projeto de lei em desenvolvimento pela Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara Federal para garantir que 10% do PIB sejam investidos em educação. Hoje o Brasil não investe nem 7% do PIB em educação.


É preciso pressionar o governo para que essa lei seja aprovada, pois ela pode garantir a verba necessária para solucionar graves problemas existentes hoje, que culminaram com uma forte greve nacional das IFEs, iniciada no dia 17 de maio e que hoje já paralisa as atividades em 48 Instituições Federais, sendo 43 Universidades das 59 Universidades Federais Brasileiras. Ainda em Junho 100% das universidades brasileiras podem parar suas atividades, uma vez que os indicativos de greve por tempo indeterminado das universidades ainda em atividade serão votados até dia 15.


O Ministro da Educação Aloísio Mercadante interrompeu as negociações do GT Carreira alegando que o governo não negocia com entidades em greve. Nem no regime militar isso aconteceu no Brasil!


Somos mais de 100 mil professores em greve. São mais de 1 milhão de alunos prejudicados com a paralisação das aulas. Quando atingirmos 50 mil assinaturas o AVAAZ vai encaminhar essa petição ao Mercadante! Vamos mostrar a força de um movimento formado por alunos e professores e juntos construir uma situação melhor para o ensino público deste país.


http://www.avaaz.org/po/petition/Por_10_do_PIB_para_a_Educacao_e_Reforma_da_Carreira_Docente_2/?tta

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